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Swinging London: A Década que Transformou a Moda

  • Foto do escritor: Camila Sticca
    Camila Sticca
  • 6 de jul. de 2020
  • 3 min de leitura

Atualizado: 31 de mai.


Nos anos 60, Londres passou por grandes mudanças culturais e sociais impulsionadas pelos jovens. O cenário pós-Segunda Guerra favoreceu isso: pelo menos 40% da população tinha menos de 25 anos e os londrinos contavam com uma renda razoável disponível.


Esses jovens exigiam uma revolução comportamental, criando uma abordagem moderna e uma releitura de valores e expressões artísticas. Isso resultou no florescimento da música, fotografia, moda, arte e de tudo que banisse a melancolia e o tédio do pós-guerra. Foi assim que a década de 60 passou a ser chamada de Swinging London, ou, se preferir, Swinging Sixties.


Esse período foi um dos mais marcantes sob diversos aspectos, mas principalmente para o universo da moda. Pela primeira vez, a moda se tornou um meio ligado à atitude e ao comportamento, trazendo liberdade para a mulher, que se desvinculou dos padrões de estilo pré-estabelecidos nas décadas passadas.


(Imagem/ Reprodução Pinterest)


A cena britânica era mais comportada e minimalista do que o estilo roqueiro americano, caracterizado por jaquetas de couro, topetes e motocicletas. O estilo predominante era o mod, adotado por pessoas da classe trabalhadora do pós-guerra, que não se reconheciam nos valores da geração anterior. Em vez de se ocuparem apenas com trabalho e responsabilidades, passaram a investir sua renda em roupas de grife e eventos ligados à moda. Inspiravam-se em filmes e revistas italianas e francesas para criar um estilo clean e sofisticado. Foi assim, pelo menos até a metade da década, quando a contracultura hippie roubou a cena, ofuscando o mod e se consolidando para a década de 70.


(Imagem/ Reprodução Pinterest)

(Imagem/ Reprodução Pinterest)


A arte pop teve grande influência na moda da época, trazendo padrões geométricos e vestidos de duas cores, principalmente preto e branco. Os minivestidos costumavam ser usados com botas longas e apertadas. As calças compridas para mulheres também se tornaram moda e causaram choque, pois até então eram usadas somente por homens. Listras, pontos e outros padrões geométricos estavam por toda parte. Já as tendências mais chocantes ou pouco conhecidas foram popularizadas por modelos que, pela primeira vez, eram vistas como superestrelas e ditavam tendências. Twiggy e Jean Shrimpton foram dois dos maiores nomes da época, sendo Jean considerada o símbolo do Swinging London e a modelo mais bem paga de então.

Jean Shrimpton (Imagem/ Reprodução Pinterest)

Jean Shrimpton (Imagem/ Reprodução Pinterest)

Jean Shrimpton (Imagem/ Reprodução Pinterest)


Quanto à maquiagem, o foco era nos olhos. Cílios postiços e delineadores fortes eram indispensáveis para recriar a maquiagem icônica de Twiggy. Já os cabelos, as mulheres em geral ainda preferiam usar compridos e franjas volumosas, ao contrário da modelo, que ia contra a corrente com seus fios curtos.


Twiggy (Imagem/ Reprodução Pinterest)

Twiggy (Imagem/ Reprodução Pinterest)


Twiggy (Imagem/ Reprodução Pinterest)


(Imagem/ Reprodução Pinterest)


Uma das extravagâncias que ganhou destaque nos anos 60 foram os óculos de sol grandes, com armações grossas, especialmente brancas. Mas o item principal, que se tornou marca registrada da época, foram as minissaias. Há quem diga que a criação foi do francês André Courrèges, mas a própria Mary Quant, que também leva o título de criadora, afirmou que quem criou as saias de 30 cm foram as ruas. As hot pants também ganharam espaço, graças a ela, assim como as meias-calças. É inegável que devemos muito a Quant por trazer as maiores tendências da época para os guarda-roupas das massas, por meio de sua loja na King's Road.


Mary Quant (Imagem/ Reprodução Pinterest)


E não posso acabar este post sem mencionar as bandas que tiveram grande influência na época, como os Beatles, The Who, The Kinks, The Small Faces e os Rolling Stones. Elas dominavam as paradas nas rádios piratas da época e continuaram influenciando outras gerações. Aliás, algumas delas estão entre as minhas bandas favoritas.

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EM BRANCO é um Blog e Podcast de lifestyle que documenta interesses e imaginação da criadora de conteúdo de 29 anos Camila Sticca.

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