Janeiro

(Imagem/Reprodução)

Se tinha uma coisa que ela acreditava era que o amor é algo construído com base no tempo, às vezes demora a acontecer, outras, é mais rápido, mas o mais importante é que nunca acaba. Diferente da paixão, que é repentina, insana, ardente e nos consome.

Com ele foi um pouco dos dois. Foi como o primeiro dia de aula no jardim de infância, a garota estava perdida e o garoto também, era um pouco mais que meia-noite e ele mandou uma mensagem para ela perguntando se ela ainda estava acordada, e foi como se os dois tivessem quatro anos e ele perguntasse a ela se queria ser sua amiga, e ela quis. Depois disso não me lembro de um dia em que os dois não tenham se falado.

Ele tinha entrado na vida dela para mostrar que ela ainda podia se apaixonar por outras pessoas. Não foi algo planejado, mas foi uma das coisas mais reais, algo lúcido, confortante, mas por algum motivo bem distinto da lucidez “acabou”. Talvez tenha sido a ansiedade da garota, ou sua falta de paciência e sua mania de querer tudo para ontem. Ou simplesmente não era para ser.

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