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Minhas Leituras do mês: Favoritos, Suspenses e Clássicos

  • Foto do escritor: Camila Sticca
    Camila Sticca
  • 3 de abr.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 16 de abr.

2024 foi o ano em que me reconectei com a leitura. Desde as leituras obrigatórias da faculdade, tive dificuldade para retomar o hábito – mesmo com a praticidade do Kindle, a quantidade de livros na minha lista acabava me atrapalhando. Então, no ano passado, resolvi estabelecer uma meta: ler apenas escritoras. E não poderia ter dado mais certo.


Agora que voltei a ter um bom ritmo de leitura, surgiu a ideia de criar uma categoria especial no blog: o Clube do Livro – ainda que eu seja a única participante. A ideia é compartilhar minhas leituras de cada mês, e para este primeiro post, reuni os três livros que já li em 2025.


Três – Valérie Perrin


Eu não poderia ter começado o ano com uma escolha melhor. Sem dúvidas, esse livro estará entre meus favoritos – não só do ano, mas da vida. É aquele tipo de história que, quando você termina, precisa de uns dias para começar uma nova leitura. Me vi sentindo saudade dos personagens, e enquanto lia, conseguia me imaginar vivendo na cidadezinha no interior da França, acompanhando Nina, Étienne e Adrien, crescendo de vista.

Três pessoas: um garoto loiro, outro de cabelo escuro e uma garota de cabelo chanel.
imagem/reprodução

A trama gira em torno de três amigos inseparáveis que, trinta anos depois, já não se falam. O que aconteceu para que uma amizade, que parecia eterna, terminasse assim? A narrativa alterna entre diferentes perspectivas deles, incluindo a de Virginie, uma jornalista misteriosa que investiga um carro encontrado no fundo de um lago – um evento que se conecta com a história dos três.


Para entrar ainda mais no clima, dei uma trilha sonora à leitura. Como grande parte da história se passa na década de 1990, ouvi muito Everybody Else Is Doing It, So Why Can't We?, da banda irlandesa The Cranberries. Na minha cabeça, Dreams é a música desse livro.


É um livro sobre amizade, amadurecimento e recomeços, A sensibilidade que a Valérie Perrin conta a história é realmente cativante.


⭐⭐⭐⭐⭐



Apartamento em Paris – Lucy Foley


Depois da ressaca literária que Três me deixou, precisei seguir em frente. Escolhi esse mistério de Lucy Foley e, desde o começo, me lembrei de Only Murders in the Building e O Bebê de Rosemary – talvez pelos moradores excêntricos ou pelo fato de a história se passar num prédio.

 Esquina de um prédio em Paris.
imagem/reprodução

Jess viaja para Paris para encontrar seu irmão, Ben, mas algo está estranho. Ele não responde suas ligações, não a busca na estação e, quando ela chega ao apartamento, encontra seus pertences, mas nenhum sinal dele. Sem falar bem francês e com vizinhos pouco receptivos, Jess tenta entender o que aconteceu com Ben e, no processo, descobre segredos sombrios sobre os moradores do prédio.


A autora opta por múltiplas narrativas, o que, em alguns momentos, me deixou um pouco confusa. Ainda assim, a leitura é fluida e cheia de reviravoltas, me fazendo criar diversas teorias ao longo da história. Infelizmente, a solução do mistério não foi tão impactante quanto eu esperava.


⭐⭐⭐



Carrie – Stephen King


No último ano, comecei a me interessar cada vez mais pelas obras de Stephen King e mergulhei nos filmes baseados em seus livros e contos. Então, depois de um ano dedicado minha leitura apenas a escritoras, decidi me permitir explorar o autor, já que fazia um tempo que eu queria ler algo do King.

Uma jovem vestida de rainha do baile, com um olhar assustado e coberta de sangue.
imagem/reprodução

Meu primeiro escolhido foi também o primeiro publicado por ele. Curiosamente, Carrie também foi, se não me engano, o primeiro filme de terror que assisti na vida, quando tinha uns oito anos.


Foi uma surpresa. Eu estava empacada em outra leitura e não imaginava que esse livro seria tão fluido – no primeiro dia, li 100 páginas durante um trajeto no metrô e, em menos de três dias, já tinha terminado.


A história dispensa apresentações, mas revisitá-la anos depois me trouxe uma nova perspectiva. Quando criança, o que me aterrorizava no filme era o banho de sangue e a fúria destruidora de Carrie. Agora, percebo que o verdadeiro horror não está em seus poderes, mas nas pessoas ao seu redor. Mesmo sendo uma obra de 1974, a história continua assustadoramente atual: adolescentes que se acham superiores, oprimindo quem consideram inferior, o fanatismo religioso sufocante de sua mãe e até mesmo a falta de responsabilidade afetiva mascarada de boas intenções – como no caso de Sue e Bobby.


Depois de tanto abuso emocional, humilhação, rejeição e opressão, Carrie finalmente desperta seu poder oculto. Sua vingança é ao mesmo tempo, grandiosa e melancólica.


⭐⭐⭐






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EM BRANCO é um Blog e Podcast de lifestyle que documenta interesses e imaginação da criadora de conteúdo de 29 anos Camila Sticca.

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