Séries do mês: Do Vício ao Arrependimento
- Camila Sticca
- 8 de abr.
- 4 min de leitura
Origem - Terceira temporada

Estava super ansiosa para essa temporada desde a última cena da segunda temporada, com Thabita (Catalina Sandino Moreno) finalmente conseguindo sair da cidade. A terceira temporada entrega novos personagens, traz algumas revelações e mantém o suspense que é uma marca da série.
Ainda assim, o ritmo desacelera em alguns momentos, perdendo tempo com personagens como a Fátima (Pegah Ghafoori) e o Elgin (Eion Bailey), que foi um saco de acompanhar. Apesar dos tropeços, a narrativa segue bem construída, e o desfecho foi um ótimo gancho. A série continua sabendo como deixar com curiosidade de ver o que vem a seguir. Esperava mais respostas, mas sinto que ainda estamos no caminho.
⭐⭐⭐⭐⭐
Onde ver? Globoplay
Adolescência - Minissérie

Confesso que torci o nariz quando a série apareceu como sugestão, embora não fizesse ideia do que se tratava, mas depois acabei sendo convencida a assistir, e valeu muito a pena.
A narrativa é bem amarrada e tem uma construção interessante, isso sem comentar nas partes mais técnicas. O primeiro episódio se passa todo na delegacia, com o garoto sendo interrogado como suspeito. No segundo, a investigação se desloca para a escola, revelando como os alunos reagem à situação — o que escancara o quanto nós adultos pouco conhecemos o universo dos adolescentes e o que eles consomem online. Mas a ápice mesmo é o terceiro episódio, qual acontece a última sessão de Jamie (Owen Cooper) com a psicologa Briony Ariston (Erin Doherty).
Apesar de ter apenas quatro episódios, o último foi especialmente cansativo. Quase desisti no meio, mas já que ele se concentra totalmente na família — em especial no pai, tentando lidar com a nova realidade após o filho já estar preso. Talvez esse ritmo mais arrastado seja proposital, como forma de nos fazer sentir o peso e o desgaste daquela situação.
⭐⭐⭐⭐⭐
Onde ver? Netflix
Dexter - Sexta temporada

Comecei a assistir Dexter no final do ano passado, finalmente vencida pela curiosidade (e pela chegada da nova série Dexter: Original Sin). Como os episódios estavam saindo semanalmente, resolvi acompanhar a série original de 2006 em paralelo — e sim, ela é tudo aquilo que dizem, mesmo com seus altos e baixos!
A sexta temporada foi, até agora, a minha favorita. Nela, vemos um Dexter lidando com questões sobre os valores que deseja passar ao filho, enquanto mergulha em reflexões sobre o bem e o mal. Além de termos um serial killer que recria acontecimentos de passagens da bíblia do livro apocalipse, em suas cenas de crime.
Apesar de amar a série, uma das minhas maiores frustrações continua sendo a Debra. Os roteiristas conseguem a proeza de torná-la mais irritante a cada temporada. E sério… quem achou que seria uma boa ideia ela se apaixonar pelo próprio irmão, mesmo não biologicamente? Foi essa a única solução que encontraram para levá-la até a fatídica cena em que flagra o Dexter matando alguém?
⭐⭐⭐⭐⭐
Onde ver? Netflix e Prime Video
Safe - Minissérie

Não vou me estender muito nos comentários sobre a minissérie, então já vou dizendo que não gostei! A premissa é interessante, mas o desenvolver e como colocaram acontecimentos achei péssimo. A gente tem em primeiro plano Tom buscando pela filha que não voltou para casa depois de ir para uma festa, e conforme ele vai atrás de informações a gente descobre segredos relacionados aos seus vizinhos, incluindo um de sua falecida esposa, inclusive tudo está interligado com o sumiço da filha. E tudo isso com flashbacks do dia da morte da esposa para levantar mais um questionamento em quem ta vendo se devemos confiar no Tom ou não, mas com tantas reviravoltas se torna cansativo e perde a emoção.
⭐⭐
Onde ver? Netflix
One Tree Hill - Sétima temporada

É um dos meus guilty pleasure, só que poderia ter parado na 5ª temporada, enquanto todos ainda estavam na escola. As atitudes dos personagens só funcionam no colegial mesmo, e sim, eu sei que é uma série adolescente. No entanto, alguns temas abordados são super atuais, como a questão da Millicent (Lisa Goldstein) com o corpo por se achar gorda, e isso levar ela a começar a usar cocaína. E a suposta traição do Nathan (James Lafferty) com uma fã em uma festa, que no fim descobrimos que foi uma mentira inventada, o que reforça a ideia de mulheres só fazerem isso atrás de fama e dinheiro, inviabilizando e descreditando as vítimas de assédio e abuso sexual, não consigo não deixar de relacionar com o caso do jogador Daniel Alves e do próprio Neymar.
Enfim, eu demorei quase dois anos para voltar a ver a série, e acho que deveria ter continuado assim, não é uma série que envelheceu bem.
⭐⭐
Onde ver? Prime Video
The White Lotus - Terceira temporada

SPOILER ALERT, Se você ainda não tiver assistido o último episódio, recomendo voltar depois.
Confesso, tava mais animada com a possibilidade de um familicídio do que com as mortes que realmente aconteceram. Acho que seria interessante ver o Lochy (Sam Nivola) acordando e descobrindo que toda sua família tava morta após tomar uma pina colada batizada com a semente da fruta proibida. Aliás, quem usa um liquidificador sujo?
Agora… por que a Chelsea (Aimee Lou Wood)? Uma das minhas favoritas. Tudo bem que a série já vinha dando umas dicas, como quando ela fala "bad luck comes in threes", a garota estava presente durante o assalto no hotel, depois picada por uma cobra, ai para completar o Rick (Jason Isaacs) puxa ela para junto dele durante uma troca de tiros, o auge da burrice masculina.
Sobre Belinda, seu final foi um "a la Tanya" na primeira temporada, fazendo o mesmo que a personagem da icônica Jennifer Coolidge, fez com ela, mas agora com o Pornchai (Dom Hetrakul). Mas preciso ressaltar que o filho dela é um insuportável.
Quanto ao Gaitok, apesar de terminar bem, promovido a motorista/segurança da Sritala, eu esperava um pouco mais de coragem dele após ser um sonso a temporada inteira.
E agora, a pergunta que fica, quem veremos de novo na próxima temporada?
⭐⭐⭐⭐⭐
Onde ver? MAX
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