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  • Foto do escritorCamila Sticca

Moda: Londres nos 60

Nos anos 60, Londres teve grandes mudanças culturais e sociais impulsionadas pelos jovens devido ao cenário da cidade pós Segunda Guerra, pelo menos 40% da população tinha menos de 25 anos, e os londrinos tinham uma quantidade razoável de renda disponível.


Esses jovens exigiam uma revolução comportamental, então criaram uma abordagem moderna e uma nova releitura de tudo, o que rendeu o florescimento da música, fotografia, moda, arte ou qualquer coisa que banisse a melancolia e tédio do pós-guerra. Foi assim que a década de 60 passou a ser chamada de Swiging London, ou se preferir Swinging Sixtie.


Esse período foi um dos mais marcantes em diversos fatores, mas principalmente para o universo da moda, que pela primeira vez se tornou um meio ligado à atitude e comportamento, trazendo liberdade para mulher, que se desprendeu dos padrões de estilo pré-estabelecidos em décadas passadas.


(Imagem/ Reprodução Pinterest)


A cena britânica era mais comportada e minimalista do que o estilo roqueiro americano, que era feito de jaquetas de couro, topetes e motocicletas. A moda mod era o que predominava, pessoas da classe trabalhadora do pós-guerra que não se reconheciam nos valores da geração anterior: em vez de se ocuparem apenas de trabalho e responsabilidades, viveram para investir sua renda em roupas de grife e eventos da moda. Eles se inspiravam em filmes e revistas italianas e francesas para criar um estilo clean e sofisticado. Foi assim pelo menos até a metade da década, quando a contracultura hippie roubou a cena ofuscando o mod, e se introduzindo já para a década de 70.


(Imagem/ Reprodução Pinterest)

(Imagem/ Reprodução Pinterest)


A arte pop teve grande influência na moda da época, trazendo padrões geométricos e vestidos de duas cores, principalmente preto e branco. Os mini vestidos costumavam ser usados com botas longas e apertadas, as calças compridas para mulheres também viraram moda e causaram choque, pois até então eram usadas somente por homens. As listras, pontos e outros padrões geométricos estavam por toda parte. Já as tendências mais chocantes ou pouco conhecidas, foram popularizadas por modelos que, pela primeira vez eram vistas como super estrelas e ditavam tendências. Twiggy e Jean Shrimpton foram os dois dos nomes mais populares da época, sendo a Jean considerada o símbolo do Swinging London, e a modelo mais bem paga da época.

Jean Shrimpton (Imagem/ Reprodução Pinterest)

Jean Shrimpton (Imagem/ Reprodução Pinterest)

Jean Shrimpton (Imagem/ Reprodução Pinterest)


Quanto a maquiagem, o foco era nos olhos. Cílios postiços e delineadores fortes eram uma obrigação para recriar a maquiagem icônica de Twiggy. Já os cabelos, as mulheres em geral ainda preferiam usar compridos e franjas volumosas, ao contrário da modelo, que ia contra a corrente com seus cabelos curtos.


Twiggy (Imagem/ Reprodução Pinterest)

Twiggy (Imagem/ Reprodução Pinterest)


Twiggy (Imagem/ Reprodução Pinterest)


(Imagem/ Reprodução Pinterest)


Uma das extravagâncias que ganhou destaque nos anos 60 foram os óculos de sol grandes, com armações grossas e especialmente em branco. Mas o item principal, que se tornou marca registrada da época, foram as minissaias, tem quem diga que a criação foi do francês André Courrèges, mas a própria Mary Quant, que também leva o título de criadora, disse que quem criou as saias de 30 cm foi as ruas. As hot pants também ganharam espaço, graças a ela, assim como as meias-calças, acho que devemos muito a Quant, por trazer a maiores tendências da época para os guarda-roupas das massas, em sua loja na King's Road.


Mary Quant (Imagem/ Reprodução Pinterest)


E não posso acabar esse post sem mencionar as bandas que tiveram grande influência na época como os Beatles, The Who, The Kinks, The Small Faces e os Rolling Stones, que dominavam as paradas nas rádios piratas da época e continuaram influenciando outras gerações e também está entre minhas bandas favoritas.

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